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80% dos municípios estão adotando medidas para levar água de qualidade para sua população

Foto: Ecuen Images (Pexels)Água é um recurso natural e fonte de vida indispensável ao ser humano, mas não basta apenas consumir esse bem natural, é preciso que a água esteja em condições ideais para levar saúde e distribuída em quantidade suficiente e com qualidade que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido na legislação vigente. Caso contrário, ela pode ser um transmissor de doenças para a população.

Neste contexto, foi instituído, no final da década de 1990, o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua). O Vigiagua consiste em um conjunto de ações adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública nos municípios, estados e na União com o objetivo de promover a saúde da população e prevenir agravos e doenças de transmissão hídrica, por meio da gestão de riscos relacionados ao abastecimento de água para consumo humano.

Desta forma, o Ministério da Saúde preparou um boletim com Indicadores Institucionais do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano referentes ao ano de 2018 – que é o material mais atualizado. O documento apresenta informações atualizadas para embasar as decisões dos gestores municipais e o planejamento das ações de vigilância da qualidade da água.

De acordo com o documento, em 2007 as ações do Vigiagua eram realizadas em 27% dos municípios brasileiros, o que representa 1.508 cidades; no período de 2010 a 2012, o percentual de municípios manteve-se em torno de 68%, o que significa 3.800 regiões. O resultado de 2018 é o de que 80% das cidades alcançaram a meta proposta para o ano de 2019 referente aos cuidados com a qualidade da água para o consumo humano.

Alagoas é um dos estados brasileiros com melhor desempenho, por exemplo, alcançando 121% do cumprimento da Diretriz Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano para o Residual do Agente Desinfetante. Isso quer dizer que Alagoas está entre os estados com maior cuidado à água que sua população consome.  

TCU promove painel de referência da auditoria no Programa Saneamento para Todos

Saneamento básico: Governo repassa R$ 66,8 milhões para obras em 15 estados

De acordo com o gerente de Vigilância em Saúde Ambiental de Maceió (AL), Alex Tenório Freire, Maceió tem feito seu dever de casa. “Contratando mais técnicos, preenchendo nosso laboratório com insumos, montando um laboratório para análise para que nós tenhamos melhor qualidade no nosso serviço. Temos feito esse trabalho árduo, um trabalho de formiguinha, mas que tem uma importância muito grande, fazendo com que essas pessoas que estão na ponta, nossos usuários e que são as pessoas menos favorecidas e consomem essa água no seu dia a dia, não adoeçam com tanta facilidade”, destacou.

Mas se engana quem acredita que é uma questão simples manter a qualidade da água, pois existem uma série de fatores que dificultam as ações de estados e municípios. De acordo com a analista técnica da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Cláudia Lins, o tratamento em si não é simplesmente ter um local para tratar a água.

“Você precisa encontrar aquela fonte de água para tratar. Depois disso um reservatório acumulando aquela água tratada, uma rede de distribuição que vai levar a água até a rua e o ramal domiciliar, que é a ligação da rua para a residência. É um sistema amplo e complexo e os municípios enfrentam várias dificuldades, desde achar esse manancial até realmente conseguir um financiamento para toda essa ação, para que a população esteja abastecida com água potável”, explicou Lins.   

Fonte: Brasil 61

Pleno do TRE-PE decidirá sobre atos públicos na pandemia

A Corte do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) se reúne, nesta sexta-feira (28/08), às 17h, para decidir como se darão atos públicos do processo eleitoral, como convenções partidárias e eventos ligados à propaganda eleitoral, em meio à pandemia da covid-19.

A sessão extraordinária foi convocada em razão de uma consulta formalizada pela Procuradoria Regional Eleitoral de Pernambuco (PRE-PE) nesta quinta-feira.

“Trata-se de uma oportuna iniciativa da Procuradoria Regional Eleitoral, porque dá ensejo a que o TRE-PE, respondendo à consulta formulada, firme o seu entendimento sobre a possibilidade ou não da realização presencial de convenções partidárias, comícios e passeatas, durante a pandemia da covid-19, no âmbito do Estado de Pernambuco”, diz o presidente do TRE-PE, desembargador Frederico Neves.

A consulta foi distribuída ao vice-presidente e corregedor do TRE-PE, desembargador Carlos Moraes. Na peça do Ministério Público Eleitoral, o procurador regional eleitoral, Wellington Saraiva, e o procurador regional eleitoral substituto, Fernando José Araújo Ferreira, questionam o Tribunal sobre a aplicação da legislação em em relação a atos públicos que possam gerar aglomeração e, desta forma, aumentar o risco de contágio pelo novo coronavírus.

Entre as indagações, consta a seguinte: “Caso partidos políticos decidam realizar convenções partidárias na forma presencial, devem observar as regras sanitárias mais restritivas, entre as federais, estaduais e municipais, em face da pandemia de covid-19, causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2, HcoV-19 ou 2019-nCoV)?”

“A finalidade da consulta é permitir que o Tribunal defina se os atos de campanha eleitoral, pré-campanha eleitoral e as convenções partidárias estão sujeitas às normas sanitárias baixadas pelas autoridades federais e pelo Governo de Pernambuco. Existe em vigor um decreto que proíbe aglomeração em número de pessoas superior a 10 em espaços abertos ao público. Devido à manutenção da gravidade da pandemia, é preciso que se defina se devem prevalecer as normas sanitárias estaduais e federais mesmo diante da permissão existente na leis eleitorais para realização de atos de campanha, de pré-campanha e convenções partiárias”,explica o procurador regional eleitoral, Wellington Saraiva.

De acordo com o calendário eleitoral, a propaganda começa em 27 de setembro. Já as convenções partidárias para escolha dos candidatos deverão se realizar entre 31 de agosto e 16 de setembro. Em 4 de junho passado, com objetivo de evitar aglomerações em meio à pandemia da covid-19, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, que as convenções podem ser realizadas por meio virtual.

DECISÃO NO AGRESTE

Exatamente com base na decisão do TSE criando a possibilidade das convenções virtuais, o juiz da 34ª Zona Eleitoral (Surubim, Casinhas e Vertente do Lério), Joaquim Francisco Barbosa, proferiu decisão que veda, nos três municípios, a realização de atos presenciais que ocasionem a aglomeração de pessoas. Clique aqui e leia a íntegra da decisão.

Miguel lidera com folga em Petrolina: 73%

A primeira pesquisa do Instituto Potencial sobre a corrida sucessória em Petrolina aponta uma vitória fácil do prefeito Miguel Coelho (MDB) logo no primeiro turno. A pesquisa foi feita para o Blog do Magno. 

Se as eleições fossem hoje, ele teria impressionantes 73% das intenções de voto contra apenas 8% do pré-candidato do PT, Odacy Amorim, e 7% do pré-candidato do PSD, Júlio Lóssio Filho. Gabriel Menezes, que disputa pelo PSL, é o preferido por 3% e Vinicius de Santana, do PCdoB, pontuou apenas 1%.

Petrolina talvez seja a única cidade do País na qual os eleitores não querem votar em branco ou anular o voto de jeito nenhum. Dos entrevistados, apenas 1% manifestou intenção de anular o voto e 0% de voto em branco.

O número de indecisos também é muito baixo, de apenas 7%. Na sondagem espontânea, na qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do candidato sem o auxílio da lista com todos os postulantes, Miguel também está disparado: 64% das intenções de voto.

O petista Odacy Amorim foi citado por 4%, Júlio Lóssio Filho 1% e Gabriel Menezes também 1%. Quanto à rejeição, Júlio Lóssio Filho lidera. Dos entrevistados, 55% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, seguido por Odacy, com 48%, Vinicius 45% e Gabriel 41%. Miguel tem apenas 8% de rejeição, posição extremamente confortável para um gestor que vai à disputa pela reeleição colocando o seu Governo em julgamento pela população.

A pesquisa foi a campo entre os dias 21 a 26 deste mês, sendo aplicados 600 questionários, com margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95%.

Afogados FC: Presidente nega ter tratado de redução salarial com jogadores que deixaram clube

Por Anchieta Santos

Falando à Seleção do Povo da Rádio Pajeú ontem, o Presidente do Afogados FC João Nogueira, declarou que a saída do técnico Pedro Manta se deu por insatisfação como os últimos resultados da equipe, e entendeu que precisava mudar.

A respeito das saídas de Alan Max e Dayvison Combé, integrantes da Comissão Técnica, o Presidente revelou que por lealdade a Manta, eles pediram para sair.

Provocado a tratar do afastamento dos jogadores Wallef, Otávio, Talysson e Erivelton, o dirigente confessou que pediram dispensa e em nenhum momento tratou com eles sobre redução salarial.

Agindo rápido após demitir o técnico Pedro Manta, depois da eliminação para a Ponte Preta na terceira fase da Copa do Brasil, o Afogados da Ingazeira anunciou a contratação de Adelmo Soares como novo treinador que comandará a equipe na Disputa da Série D do Campeonato Brasileiro.

Adelmo foi apresentado ao elenco ontem à tarde no Vianão. Nogueira disse que nomes como Sergio China, Oliveira Canindé e outros treinadores foram oferecidos ao Afogados que já havia acertado com Adelmo Soares.

Um terceiro goleiro para o lugar de Wallef será contratado com urgência pela Coruja, garantiu o presidente. O mandatário do tricolor sertanejo, admitiu que vai precisar enxugar a folha salarial em razão da crise financeira que se abateu sobre os clubes na pandemia.

Prefeitura convoca reunião para discutir volta da Feira do Gado em Tabira

Um dia após o Estado através da Secretaria de Saúde sinalizar que monitora a alta de 19% dos casos na região e que está “muito apreensivo”, com possibilidade até de restrições, o prefeito Sebastião Dias está convocando para hoje uma reunião para abrir um setor.

Hoje se reúne com o Comitê de Combate à Covid-19, Ministério Público e as Secretarias de Saúde, Obras e Agricultura, além da Adagro para discutir o retorno das atividades da Feira do Gado de Tabira, considerada a segunda maior do estado de Pernambuco.

“Já que houve a liberação por parte do estado, então não faz sentido manter a nossa feira parada, vamos voltar”, disse Sebastião Dias, sem levar em conta os índices  da região.

Na oportunidade ainda será discutida a volta da feira da troca ou do rolo como também é conhecida. Com as liberações a feira livre em Tabira voltará à sua totalidade de 100% das atividades.

Na quarta-feira (26), voltaram às feiras de confecções, calçados e relógios. O promotor  Romero Borja ainda não se manifestou.

Petista desiste e candidato da oposição em Sertânia será do Democratas

O médico e vereador Orestes Neves, não irá mais concorrer a Prefeitura de Sertânia pelas oposições, e para isso alegou ao site Tribuna do Moxotó diversas razões.

O parlamentar, que é filiado ao PT, confirmou as informações. Orestes Neves deverá mesmo enfrentar a disputa para a reeleição da Câmara de Vereadores.

Agora restam apenas dois partidos, PRTB e o DEM, para apresentarem pré-candidaturas majoritária e assim disputarem as eleições municipais. O Democratas deverá anunciar o nome da oposição até a noite deste sábado.

STJ afasta Witzel no Rio

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou o afastamento imediato do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), nesta sexta-feira (28).

A medida tem validade de 180 dias. O STJ também expediu mandados de prisão contra o presidente do PSC, Pastor Everaldo, e contra o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão.

Os advogados de Witzel enviaram nota sobre a determinação do STJ: “A defesa do governador Wilson Witzel recebe com grande surpresa a decisão, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis”.

A PF (Polícia Federal) faz a operação Tris in Idem na manhã desta sexta, desdobramento da Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do Executivo do Rio de Janeiro.

Além de Witzel, o vice-governador do estado, Cláudio Costa (PSC) e o presidente da Assembleia Legislativa do estado, André Ceciliano (PT), são alvos da operação.

As autoridades cumprem 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão. Além dessas medidas, em outro inquérito, o também  ministro do STJ Jorge Mussi autorizou o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão no estado do Piauí, objetivando coletar provas sobre suposto esquema de nomeação de funcionários fantasmas no governo fluminense para desvio de dinheiro público.

Os mandados estão sendo cumpridos no Palácio Laranjeiras, no Palácio Guanabara, na residência do vice-governador, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, além de outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e no Distrito Federal. Também está sendo alvo de busca e apreensão um endereço no Uruguai, local onde estaria um dos investigados cuja prisão preventiva foi decretada.

A defesa de Witzel afirmou que recebeu afastamento com “grande surpresa”. A PGR (Procuradoria-Geral da República) ofereceu uma denúncia nesta sexta contra Witzel, sua mulher, Lucas Tristão, Mário Peixoto, Alessandro Duarte, Cassiano Luiz, Juan Elias Neves de Paula, João Marcos Borges Mattos e Gothardo Lopes Netto.

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), os alvos do processo são “pagamentos efetuados por empresas ligadas ao empresário Mário Peixoto ao escritório de advocacia de Helena Witzel. Também é objeto da denúncia pagamentos feitos por empresa da família de Gothardo Lopes Netto ao escritório da primeira-dama”.

Segundo a acusação, a contratação do escritório de advocacia consistiu em artifício para permitir a transferência indireta de valores de Mário Peixoto e Gothardo Lopes Netto para Wilson Witzel.

Pesquisa com amostras de esgoto constata queda da Covid-19 em BH e Contagem

Foto: Zig Koch / Agência Nacional de ÁguasO último resultado de um estudo realizado com amostras de esgoto de Belo Horizonte e Contagem, em Minas Gerais, concluiu que a incidência da Covid-19 nessas cidades alcançou o menor patamar desde o começo de junho. O último boletim de acompanhamento divulgado pelos pesquisadores, referente a semana de 10 a 14 de agosto, estima que a população infectada na capital mineira alcançou 170 mil pessoas. 

A redução foi significativa visto que na semana de 20 a 24 de julho o levantamento estimou um total de 850 mil contaminados em Belo Horizonte, cinco vezes a mais do último resultado. O projeto Covid Esgotos é uma ação conjunta entre a Agência Nacional de Águas (ANA), órgãos do governo de Minas Gerais e pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A estimativa de casos da doença é feita a partir da análise da carga viral das amostras coletadas. O estudo abrange todas as regiões da capital e parte de Contagem. 

Sérgio Ayrimoraes, superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA, afirma que a pesquisa, que é realizada desde abril, é uma importante ferramenta de monitoramento de ocorrências da Covid-19. Segundo ele, a grande maioria dos testes diagnósticos do governo são realizados apenas com pacientes sintomáticos e o estudo consegue estimar todas as formas de infecção da doença.

“Com essa metodologia, baseada no material genético dos vírus encontrados nos esgotos, é possível estimar tanto o número de casos dos portadores sintomáticos como os que são assintomáticos”, explica Ayrimoraes. 

Em Contagem, os resultados encontrados também foram satisfatórios. No município, os registros do novo coronavírus caíram de 80 mil, na semana de 27 a 31 de julho, para 40 mil, no período entre 10 e 14 de agosto. Os pesquisadores à frente do estudo afirmam que o monitoramento é um método eficaz, capaz de auxiliar os gestores públicos na implementação de políticas públicas no enfrentamento ao novo coronavírus. Segundo eles, os resultados encontrados têm coincidido com a curva epidemiológica dos casos oficiais da doença. 

Na última quarta-feira (26), o estado de Minas Gerais alcançou o patamar de 201.973 de infectados e 4.948 óbitos pela Covid-19. Apesar da alta incidência, Marcelo Cabral, subsecretário-adjunto de Saúde do estado, alega que os casos vêm caindo, mas alerta para que a população não relaxe em relação ao distanciamento social.

“Estamos vendo uma melhoria, mas é importante insistir neste momento que as pessoas não relaxem e não percam a cautela em relação ao distanciamento social, à utilização de máscaras e a higiene”, defende. 

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Dados oficiais

Os dados oficiais divulgados pelo governo de Minas Gerais colocam Belo Horizonte e Contagem como os municípios mineiros no primeiro e quarto lugar, respectivamente, das cidades do estado com a maior quantidade de casos do novo coronavírus, com 31.840 e 6.725 registros. O número está bem abaixo do encontrado na pesquisa Covid Esgotos, o que sugere que a incidência da doença é bastante superior aos dados oficiais. 

Fonte: Brasil 61

Bolsonaro sanciona lei que regulamenta eventos culturais e serviços turísticos durante pandemia

Agência BrasilO presidente Jair Bolsonaro sancionou, na última terça-feira (25), a lei que regulamenta o adiamento e cancelamento de eventos, serviços ou reservas nos setores de cultura e turismo por causa da pandemia da Covid-19. O texto tem origem na Medida Provisória 948/2020, editada ainda em abril. 

De acordo com a lei, as empresas não serão obrigadas a reembolsar o consumidor caso o evento, serviço ou reserva já feitos sejam adiados ou cancelados. No entanto, terão que remarcar a atividade ou disponibilizar um crédito para que o cliente possa abater em compras futuras. 

O texto estabelece que as negociações não devem gerar novos custos para o consumidor. Garante, ainda, que o cliente terá 120 dias para tomar a sua decisão a partir da comunicação de que o serviço foi adiado ou cancelado ou 30 dias antes da data do evento adiado ou cancelado, “o que ocorrer primeiro”. 

Para Leonardo Memória, advogado especialista em direito do consumidor, para agradar a todos os envolvidos, a lei acabou restringindo o direito dos clientes. Ele aconselha que a negociação com fornecedores seja feito com cautela, em cada caso. 

“A lei restringe um pouco o direito do consumidor para beneficiar um pouco as empresas. Os consumidores e as empresas devem, a partir de agora, estar sempre atentos à essa comunicação. Se realmente vai haver viagem, quais são as possibilidades de chegar a um acordo”, afirma. 

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Prazos

No caso da opção pelo crédito, o consumidor vai poder usá-lo em até um ano, contado a partir do fim do estado de calamidade pública, previsto para durar até 31 de dezembro. Já as empresas, vão ter até 18 meses após o estado de calamidade pública para realizar o evento ou o serviço adiado. 

A devolução do dinheiro ao consumidor deverá ocorrer em um ano pela empresa responsável pelo evento ou prestador de serviço, também a partir do fim do estado de calamidade pública, se não houver chance de remarcação ou de disponibilização do crédito ao consumidor, define a lei.  

Artistas, palestrantes e outros profissionais contratados para eventos que foram adiados ou cancelados não serão obrigados a reembolsar os valores dos cachês. Mas a lei afirma que isso só vai se aplicar aos casos em que o evento seja remarcado em até um ano, após 31 de dezembro deste ano. 

Para Doreni Caramori Júnior, presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos, Abrape, a lei é sensível aos problemas enfrentados pelo setores de turismo e cultura, bastante afetado pela pandemia, mas não deixa de garantir o direito dos consumidores e dos demais envolvidos na realização dos eventos. 

“A lei dá segurança jurídica à cadeia. Ela protege tanto o consumidor, quanto às empresas. Traz uma pacificação à cadeia importante e uma redução muito grande da judicialização, tornando as coisas bem mais claras para todos os elos. Todo mundo acaba tendo como se planejar”, avalia.

Inclusão e veto

No setor de turismo, as regras se aplicam aos serviços de hospedagem, como hotéis, pousadas e albergues, por exemplo; agências de turismo, parques temáticos, acampamentos, entre outros. No setor da cultura, valem para cinemas, teatros, plataformas de vendas de ingresso pela internet, artistas e demais contratados pelos eventos. 

O presidente Bolsonaro vetou um trecho aprovado pelo Congresso Nacional que desobrigava os fornecedores a ressarcir os consumidores que não fizessem a solicitação dentro dos prazos estabelecidos na lei. A justificativa é de que isso violaria o Código de Defesa do Consumidor. 

Arte: Brasil 61

Impacto da pandemia

Levantamento da Abrape, entidade que representa mais de 300 associados dos segmentos de cultura e entretenimento aponta que a paralisação das atividades no setor pode deixar mais de três milhões de pessoas sem trabalho até outubro. A projeção leva em conta os trabalhadores formais e informais, como aqueles que vendem lanches e bebidas nas entradas dos shows, por exemplo. 

Segundo Doreni, o impacto da pandemia para o setor de eventos é “devastador”, uma vez que as atividades envolvem a relação próxima entre as pessoas. Ele também culpa as autoridades públicas pela falta de planejamento na retomada da atividade econômica e pela incerteza quanto às condições
para a volta. Por isso, afirma que a entidade atua em três frentes para garantir o retorno à normalidade o quanto antes. 

“Nosso desafio de retomada vai em três direções: estabelecer protocolos e discutir com as autoridades, entender o perfil do consumidor e preparar, tanto tecnicamente, quanto comercialmente, os nossos associados para quando o retorno acontecer”, elenca. 

Até agosto, 52% dos cerca de 590 mil eventos programados para este ano foram cancelados, segundo a entidade. As perdas no setor já passam dos R$ 2 bilhões e podem chegar até os R$ 3 bilhões se o isolamento social persistir até outubro, por exemplo. 

Fonte: Brasil 61

Auxílio emergencial será prorrogado até dezembro no valor de R$ 300

Auxílio emergencialO auxílio emergencialpago a trabalhadores informais e desempregados será prorrogado até dezembro no valor de R$ 300, foi o que confirmou o vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), nesta quinta-feira (27).

O valor das novas parcelas R$ 300 equivale a metade do que está sendo pago atualmente que é R$ 600. Os detalhes da prorrogação devem ser formalizados pelo governo na terça-feira (25) em cerimônia no Palácio do Planalto.

Recursos enviados aos estados para combater a pandemia são detalhados pelo Ministério da Saúde

Foto: Miguel Á. Padriñán (Pexels)Nesta quinta-feira (27), o Ministério da Saúde realizou um balanço dos repasses de recursos aos municípios e das entregas de equipamentos e insumos para o combate à Covid-19, por todo o país.  Para o ano de 2020, o órgão estava com dotação de R$ 174 bilhões de reais, além deste orçamento regular, foram destinados R$ 41,7 bilhões em créditos extraordinários para enfrentamento da pandemia.

Em 31 de julho de 2020, o saldo em conta dos fundos municipais e estaduais de saúde oriundo de repasses federais era de R$ 25 bilhões, sendo R$ 8 bilhões para estados e R$17 bilhões para municípios. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, até o momento foram transferidos R$ 13,3 bilhões aos municípios e R$5,8 bilhões aos estados e ao DF para enfrentamento do coronavírus.

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De acordo com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, também houve aporte de recursos extras para combater a doença, por meio de Medidas Provisórias do Congresso Nacional. “Foram emitidas 10 medidas provisórias autorizando R$41,7 bilhões de reais. Começou pela MP 924 até a MP 994, a última no mês de agosto, referente à aquisição da vacina pelo acordo Astrazenica/Oxford e Ministério da Saúde/ Fiocruz para a produção, incorporação de tecnologia pelo Brasil”, detalhou.    

Em relação às entregas realizadas pela pasta, foram 10.711 ventiladores pulmonares enviados aos estados. Além disso, o governo habilitou 12.166 leitos de UTI exclusivos para pacientes com a Covid-19, um investimento de R$ 1,7 bilhão de reais.

O Ministério da Saúde já atendeu a pedidos de 255 milhões de unidades de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Esses equipamentos são luvas, toucas, máscaras cirúrgicas, álcool, óculos protetor entre outros materiais necessários para os profissionais de saúde que atuam diretamente no cuidado aos pacientes.
Em relação aos testes de diagnósticos distribuídos, foram mais de 14 milhões de testes, enquanto 11 milhões de diagnóstico foram realizados na rede pública e privada. Sobre os medicamentos, foram mais de 20 milhões de unidades distribuídos conforme demanda dos estados.  

Outro ponto destacado pelo órgão, foi o lançamento de Chamada Pública para apoiar projetos de pesquisa que tenham objetivo de desenvolver plataformas inovadoras com tecnologia nacional para obtenção de produtos de terapias avançadas e estratégicas para o SUS.

Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Helio Angotti, o orçamento preparado para essa ação é de R$47 milhões de reais. Mas a data limite para enviar os projetos está chegando ao fim.

“São elegíveis os pesquisadores brasileiros que têm vínculo com uma instituição cadastrada no Diretório de Instituições do CNPq. E o limite para submissão dessas propostas, desses projetos de pesquisa, é 17 de setembro. Por isso, estamos novamente falando desse edital que tem um prazo que se aproxima. Gostaríamos de sensibilizar os pesquisadores brasileiros para que enviem suas propostas e tenham a chance de participar dessa grande iniciativa”, explicou Agnotti.

Por fim, o Ministério da Saúde divulgou os números relativos à pandemia da Covid-19 no Brasil. O país registrou 118.649 mortes por causa do coronavírus, o que representa um aumento de 984 óbitos nas últimas 24h. Entre a quantidade de pessoas infectadas pela doença, o país chegou à marca de 3.761.391 casos. O número de pacientes recuperados está em 2.947.250 e já representa 78% das pessoas que estiveram doentes. Permanecem em investigação, 2.731 casos suspeitos de Covid-19. Esses são dados baseados nas informações enviadas por estados e municípios.

Fonte: Brasil 61

“O avião é o meio de transporte mecânico mais seguro de todos”, garante presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas

Foto: divulgação O novo coronavírus causou uma crise sem precedentes em todo o mundo e prejuízos não só na saúde, mas em vários setores. Com a determinação dos órgãos oficiais da saúde de manter isolamento social para frear o contágio da doença, a aviação brasileira amargou queda no número de voos e na frota aérea. 

Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o mês de abril foi tido como o “pior momento” para o setor. “Nós tivemos 8% de malha no ar. Uma redução, portanto, de 92%. É a pior crise na história da aviação desde 1945, período da Segunda Guerra Mundial”, lamenta o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. 

Eduardo ressalta, no entanto, que o setor foi um dos poucos que não parou completamente. Isso porque os aviões foram essenciais para o transporte de equipamentos e de profissionais que têm ajudado no combate à pandemia. “Se olharmos os países vizinhos, tudo parou. Nós ficamos de pé principalmente pela complexidade que é, de Brasília para cima, chegar com equipamentos, respiradores, exames, testes, remédios se não for de avião. Embora os passageiros tenham desaparecido, porque foram para casa corretamente se cuidar, era fundamental manter a carga no ar”, observa o presidente da Associação. 

De abril para cá, tem sido registrado um crescimento lento e constante, de acordo com Sanovicz. Em agosto, 35% da frota estava no ar. “O setor já estava atendendo 61% dos aeroportos que atendíamos antes da crise, embora com número de voos ainda bastante reduzidos. Aeroportos que antes tinham sete ou oito voos hoje estão recebendo um, eventualmente dois voos, porque não há demanda para transportar”, pontua. 

O presidente da Associação afirma, em entrevista exclusiva ao portal Brasil 61, que já vem sendo estudado um protocolo nacional junto às autoridades para que os voos sejam retomados com segurança, validada, inclusive, internacionalmente.

“O protocolo será o mesmo de Macapá (AP) até Porto Alegre (RS). E por que isso é importante? Digamos que um passageiro pegue um voo em Maringá (PR). De lá, ele vai até Guarulhos (SP) e troca de avião para ir até Madri, na Espanha. Ele só será autorizado a desembarcar em Madri se a autoridade sanitária espanhola estiver segura que, desde Maringá, o passageiro seguiu os protocolos corretamente”, exemplifica. 

Eduardo Sanovicz reforça a importância de seguir as orientações dos comissários e dos profissionais do setor, que vêm sendo treinados para garantir uma viagem mais segura. “Em todos os voos, os comissários reafirmam a necessidade de embarcar com distanciamento, ficar de máscara o tempo todo, avisam sobre a suspensão do serviço de bordo e, principalmente, sobre a existência do filtro hepa, que puxa o ar de cima para baixo nas aeronaves o tempo todo, sendo o ar da aeronave trocado completamente a cada três minutos.”

Se todos estiverem usando máscaras e mesmo com um passageiro ao lado, segundo Sanovicz, o risco de contaminação é quase nulo, já que há essa renovação do ar pelo filtro hepa. “O filtro vai sugar o que eventualmente passar por sua máscara, o que faz do avião o meio de transporte mecânico mais seguro de todos. O filtro hepa é mais eficaz do que aquela de salas cirúrgicas”, assegura. 

No bate-papo com o Brasil 61, Eduardo Sanovicz comenta também sobre a queda no número de viagens aéreas no interior do País e avalia como o encolhimento da arrecadação nesses lugares impactou o setor. “Quando se tem cidades em que corretamente as pessoas foram para casa, cessaram as atividades e o contato físico para preservar a vida, você tem uma demanda muito menor por voos. As pessoas estão em casa, estão preservando a saúde. Logo, não estão viajando. A queda no número de voos é consequência das atitudes tomadas pelas pessoas de se protegerem contra a crise”, avalia.

Em relação a esse ponto, ele critica a falta de uniformidade de um plano de retomada por parte do governo federal, especialmente para o setor. “Esse é um desafio. Como não há um plano nacional unificado de prevenção e combate à crise, você tem 27 programas diferentes, um em cada estado. Então, a evolução de cada um deles é diferente. Estamos atendendo à demanda na medida em que ela aparece”, avisa.

Ele alerta que a retomada da “normalidade” não deve ocorrer neste ano. “A nossa expectativa é de que, ao longo do ano que vem, provavelmente no segundo semestre, tenhamos o mercado doméstico praticamente recomposto. Para o mercado internacional, as melhores expectativas falam de mais três anos para retomá-los de maneira integral.”

Confira agora a entrevista completa.

Fonte: Brasil 61